Grande Barreira de Coral: um dever antes de morrer
Entre os muito lugares e coisas pra se fazer antes de alguém morrer, ver a Grande Barreira de Coral é definitivamente uma delas. Eu ainda não vi a maior parte da Austrália (na maior parte a costa leste) mas a Grande Barreira de Coral era um lugar que eu sabia que tinha que ver enquanto eu estava na Austrália.
A Grande Barreira de Coral se estende por mais de 2.000 km sobre uma área de aproximadamente 344.000 quilômetros quadrados, e sim eu tive que pesquisar tudo isso na Wikipedia porque eu sou péssimo em lembrar números tão bem, mas enfim é bem grande. A Grande Barreira de Coral é composta de diferentes ilhas e em geral o mais longe que você for a agua é mais clara e mais funda. A agua é morna o ano todo então a probabilidade é que não importa quando você for será bom.
Eu estive em Cairns com 2 amigos em mente em ver a Grande Barreira de Coral, a cidade de Cairns em si não tem muita coisa, você precisa se locomover fora dela para as ilhas e praias próximas para mais opções de lugares para ver e explorar. Nós não ficamos em Cairns por muito tempo então nós ficamos a maior parte do tempo no centro da cidade, mais especificamente na Cairns Esplanade Lagoon, uma praia de area branca artificial bem no meio da cidade e o melhor, é totalmente de graça! Só trazer a toalha e o protetor solar e você tá feito.
Bem próximo da Esplanade Lagoon fica a Shields Street, onde a maior parte festeira da cidade se encontra, bares, restaurantes, lojas, estão todos la, é também por volta da Shields Street onde ficam milhares de agencias vendendo pacotes de mergulho, snorkeling e outras atividades que você pode fazer em Cairns, and quando digo milhares eu realmente quero dizer milhares já que essas agencias estão a cada 5 metros uma das outras. Se você está viajando com a grana curta e toda moeda conta eu sugiro passar metade de um dia pechinchando e conversando nas agencias para achar um pacote que cabe no seu bolso.
A gente acabou comprando o pacote de snorkeling da Paradise Adventure Travel para o coral Pellowe, o pacote incluía café-da-manha, almoço e todo o equipamento necessário para o snorkeling (óculos, snorkel, pés de pato, colete e colete salva-vidas) por 120 dólares australianos, e quando nós embarcamos eles ofereceram um upgrade para fazer o mergulho por mais 60 dólares australianos, já que não tinha tanta gente assim pra fazer o mergulho. Eu ate cheguei a pensar em fazer o mergulho mas acabei ficando com o snorkeling mesmo, eu não tenho medo do mar mas naquela hora eu não tava muito seguro se ia conseguir fazer.
A excursão toda começa bem cedo (o pior pra mim já que odeio manhãs), nós acordamos por volta das 5:30 e tínhamos que estar no dock pelas 7. Não preciso nem falar que dormi um pouco no caminho até lá, que levou umas 3 horas pra ir e 3 pra voltar. O café-da-manha é servido assim que se embarca o que foi ótimo já que a gente decidiu dormir um pouco mais antes e morrer de fome até o café-da-manha no barco. Mas a viagem no barco foi tranquila, fora algumas pessoas ficando enjoadas, e a gente acabou passando por algumas ilhas no caminho como a ilha Fitzroy que é linda.
No caminho até o coral a equipe inteira foi bem simpática e prestativa, teve meio que um curso básico de snorkeling/mergulho o que ajudou com certeza. Eles também deram dicas de quais peixes a gente provavelmente veria durante o snorkeling. Entre as muitas coisas que foram ditas uma eu consigo lembrar bem e repito o que um dos instrutores disse “se seus óculos embaçarem esfrega um pouco de cuspe neles, quanto mais grosso o cuspe melhor vai ficar”. Essa foi a deixa que eu precisava pra saber que eu estava preparado pro snorkeling. A gente ainda tinha uma hora até que eu pude cair de cabeça no mar, então a gente passou um tempo do lado de fora do barco, no deck.
Quando chegamos era hora de colocar todo o equipamento, eu experimente o colete mas eu fiquei me sentindo duro igual o Robocop e decidi por não usar. Falaram pra gente que o snorkeling/mergulho duraria por volta de uma hora e meia se eu me lembro bem. E fomos mar a dentro. De primeira eu só estava com os pés de pato, óculos e snorkel mas eu sabia que ia afundar a qualquer momento então eu não quis arriscar e peguei um colete salva vidas, e que ótima foi essa decisão.
Antes que você pergunte, não, tubarões não são comuns nessa área estão falaram que estávamos seguros. O colete salva vidas ajudou muito já que eu só precisava me esticar la na agua e não precisar ficar batendo os pés de pato.
A gente estava de volta em Cairns por volta das 5 e literalmente mortos. Comida e um cochilo era tudo que a gente tinha em mente.
Eu não era muito de viajar mas agora que comecei não quero mais parar. No Can I Pack? eu tento compartilhar como eu faço para minhas viagens darem certo já que viajar não deveria ser complicado.